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caderno de notas, pág.10 # Movimentos para fora do ateliê

desireefeldmann.substack.com

caderno de notas, pág.10 # Movimentos para fora do ateliê

"Os sons, por sua vez, possuem seu próprio compasso" (Paulo Miyada)

desirée feldmann
Sep 23, 2022
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Entre agosto e início de setembro aconteceram mais coisas para fora do ateliê do que dentro do ateliê, mas ainda assim, é ateliê. Um dia me disseram que o ateliê não precisa ser um espaço físico, mas pode ser um modo de operar e, a partir disso, ele pode nos acompanhar em qualquer lugar.

O primeiro ponto de parada é convidar todos que me leem por aqui pra conhecer, visitar e prestigiar o Salão de Artes Visuais de Vinhedo. Essa é minha primeira experiência em salão de artes visuais, o primeiro que sou selecionada e participo com a obra ‘O corpo é um continente’.

Temos também a opção de passeio online: a organização do Salão disponibilizou um tour virtual 360º e um catálogo virtual com todos os participantes aqui.

A próxima baldeação é em São Paulo e, por feliz coincidência, no mesmo final de semana que estava lá, acontecia o 4º Portas Abertas - Roteiro de Ateliês. Não tive muito tempo, então decidi por conhecer o edifício Vera e os muitos ateliês que ali habitam. Também estava acontecendo a exposição coletiva da última residência da casa e um festival de performances promovido pelo Lux espaço de arte.

Dos ateliês que consegui visitar, o espaço da artista Cynthia Loeb mexeu com alguma parte minha. Mesmo que eu não tenha conseguido falar diretamente com a artista, algo me moveu dentro daquele lugar. Me senti entrando num gabinete de curiosidades, ou melhor, me senti entrando num Atlas Mnemosyne da artista. Não só entrei num espaço íntimo, mas também me senti entrando dentro de um corpo que está vivo.

Outro ponto de parada foi o Paço das Artes, e lá tive a oportunidade de conhecer presencialmente o trabalho da artista Leka Mendes. Já me interessada muito acompanhar seu processo à distância. As camadas, as superfícies, a manipulação dos materiais, as experimentações, o ateliê, a artista. Estavam tudo ali presente naquele “cubo branco”, como o pessoal gosta de chamar.

Agora, para avançar, eu me volto sobre mim mesma

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e venho contar que pintei uma nova série previamente intitulada Ensaios sobre percepção de ressonância. Como o próprio nome sugere, ilustra um pouco do caminho dos sons e sonoridades que habitam em nós.

A série já morava no meu caderno pessoal de estudos desde o ano passado, no formato de desenho, e agora quis trazer a textura da tinta e a superfície da tela, pra tentar dar conta desse desejo de fazer sair. Em breve a série estará disponível para venda.

temos uma imensa miniatura sonora, a de todo um cosmo que fala baixinho

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Obrigada pela leitura! Espero que tenham gostado desse passeio rápido e nos vemos em breve na próxima página.

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A dialética do exterior e do interior, do livro A poética do espaço.

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A miniatura, do livro A poética do espaço, mas o diminutivo de baixo é minha licença poética.

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